
Com os pés nesse asfalto negro
Derreto minhas mãos em continência
Na intenção de só sobreviver
Esquecerão de sonhar e de ser
Olhando minha alma pela segunda vez
Sinto não ter nada mais a oferecer
Há não ser o momento de me perder
Sou humano demais
Pra continuar viver assim
Se não acredito no seu Deus
A culpa cai sobre o homem
Que o matou para enriquecer
E agora se arrepende do que vê
Dói muito mais em mim
Eu que desde pequeno acreditei em tudo
Sinto agora todas as palavras amargas
Em algum lugar entre perdão e poder
Vejo tudo de bom cristalizar
As cores mais verdes
As promessas de infância
Tudo que o mundo derrotou
Ceder a sede do comum
Seguir a falsa promessa
E ter a recompensa em moedas
É muito pouco pra quem quer
Amar, sorrir e cantar
Sou humano demais
Pra continuar viver assim.
Foto por João Pico.
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