Vejo meus olhos sepultados lado a lado
Debruçados a beira de um caixão alugado,
Tento mesmo que inutilmente fazer brotar
Aquele que um dia desejou aprender voar,
Ao meu lamento um desalento se segue
Por não poder mais chorar dor e sangue,
Pus meu gesto de adeus na paisagem
Como quem distorce a própria imagem,
Roubaram-me o lado sentido de dentro
Venderam-me o lado racional ao centro.
...Eu tinha algum olhar
...Eu tinha algo a dar
Debruçados a beira de um caixão alugado,
Tento mesmo que inutilmente fazer brotar
Aquele que um dia desejou aprender voar,
Ao meu lamento um desalento se segue
Por não poder mais chorar dor e sangue,
Pus meu gesto de adeus na paisagem
Como quem distorce a própria imagem,
Roubaram-me o lado sentido de dentro
Venderam-me o lado racional ao centro.
...Eu tinha algum olhar
...Eu tinha algo a dar
Foto por Artur Franco
4 comentários:
triste :(
de novo.
bjo
Desalento e desencanto entornados em forma de belo poema...
Beijo...
Arrepios aqui!
Beijo.
Uma dor farta que se espraia, profunda. Essas letras revelam a voz do vigos da vida.
Abçs fartos.
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