quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Era uma vez um corvo














Cova do meu pensamento
Abaixo a frente dos meus pés
Cova cavada enviada a mim
Através de todo esse tempo.
Tempo covarde arrancado pelo tormento
Vento gelado tentando corroer a vontade.
Vontade que permite meu sonho.
Sonho sonhado vai e vaga
Feito anéis de fumaça.
O real só permite a meta
Nada a não ser a reta.
Reta da qual me esquivo
Feito alvo de flecha.
Não me pega
Não me venha
Dizer o que é regra.
Nem tudo está posto
Como mesa de jantar
Onde cada um sabe
Seu devido lugar.
Eu me nego até me cego
Cobrindo olhos sem medo.
Não quero ver
Não quero pensar
Não quero saber.
Quero ser
Aprendendo
O desaprender.

Foto por Corvo

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