sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Da série pensamentos Marcianos

Estava tentando dar um jeito na casa que anda um pouco, na verdade, bastante desarrumada, é que a senhora desse teto gosta de tudo limpinho e mais que arrumadinho. Não posso tirá-la a razão. Portanto lá estava eu pela cozinha, bucha, detergente e talheres na mão, quando... Páaaaaa cai o prato do escorredor! Putz! O escorredor já estava cheio, não teve jeito, o prato teve que arrumar um lugar pra se acomodar, melhor mesmo que fosse pelo chão.

Continuando com as mudanças previstas na planta da minha consciência. Tenho passado boa parte do meu dia em casa, assim como passo comigo mesmo. Meus pensamentos recusam a se tornar atitudes mais concretas, por enquanto são promessas internas como essas paredes pela sala prometendo ao andar de cima que não cairá. É o começo do assim se modifica a casa, pelos profundos alicerces e não pelas cores de sua pintura. As vigas, as raízes escondidas são sempre mais difíceis de se enxergar, mas só elas nos mudam, e para isso não só apenas tem que se deixar às portas da casa aberta, mas também a vaidade descoberta, para aceitar o eu errei. Sabendo que a vantagem do erro é o recomeço, o refazer, o seguir modificado e isso é tão valioso como o inicio de uma vida.

Vou limpando o chão, jogando os cacos brancos no lixo e lembrando da importância do que eles eram quando juntos, foram almoços regados à boa conversa e companhia mais que primordiais, foram conselhos e sentimentos compartilhados, segredos e angustias escondidas, foram dias tristes e felizes como tem de ser, dias que nunca vou esquecer.

De qualquer maneira tudo um dia chega ao fim para poder renascer, e assim deixo meus sentimentos de lado, a pintura, para consultar meus valores, a base, para me responder pensamentos cravados como espinhos dentro de algum lugar que não consigo identificar. É como perceber uma dor sem saber qual local se inicia, é saber que o quadro na parede esta torto e não saber que distância tomar para poder alinhá-lo.

Encontro à resposta nas gavetas desse imenso e sólido armário no centro da casa, estavam ali esquecidas, lá no fundinho. Meus sentimentos foram me guiando para o lado oposto, se deixou levar pelo momento de total bagunça e desordem dessa casa. Achei na gaveta a agenda dos meus valores e assim a resposta. Agora já posso ir descansar esperando o dia do próximo dia! Mas antes mande minhas recomendações a Marte, e a meu amigo Marciano diga que espero recebê-lo em breve para outras visitas, novos passeios pela terra de areia branca para ter noites de sono leve e sereno.

E tudo isso só por ter um prato quebrado no chão, quando será que a “Maria” volta dessas férias!

Um comentário:

Anônimo disse...

ai amigo, isso foi lindo como tudo que vc escreve...precisamos conversar...sinto falta disso!!! esses dias tava vendo a fita do casamento de novo com o rob e falei "eu amo muito esse menino"!!! mas amo mesmo, e verdade verdadeira! quero vc sempre perto de mim
beijo