quarta-feira, janeiro 16, 2008

Vou


Passou no rosto o lenço de adeus
Seguiu andando, pois é tempo de andar,
Deixou para trás fantasmas em pleno ar
Pela frente avista caminhos todos seus.

Quem clama é o futuro que ninguém responde
Repleto de acasos no ir e vir para não sei onde
Sentou e pensou em tudo de que o destino é feito
Respirou lentamente a liberdade dentro do peito.

Abriu os braços naturalmente em forma de asa
Tornou-se real para ele mesmo naquele momento
Entendendo que a vida cura a dor que passa
Assim também como a chuva o sol e o vento.

Porque é sempre tempo de recomeçar
Esquecer dos olhos o rastro de choro
Lembrando aos olhos a direção do olhar
O mais é tinta, sem esperança de quadro.

Foto por Bruno Miranda

5 comentários:

Lua Durand disse...

sim, a vida cura a dor que passa.

mas enquanto ela passa [a dor] é tão intensa;

-

"dói, por doer dói sozinho."

-

passa, sempre passa.

e ficam as cores.

-

beijos, au revoir.

pp1993 disse...

"Porque é sempre tempo de recomeçar
Esquecer dos olhos o rastro de choro
Lembrando aos olhos a direção do olhar
O mais é tinta, sem esperança de quadro."

ADOREI. Muito bom mesmo! Ganhastes uma leitora nova..vou te linkar,certo?
beijos.

pp1993 disse...

Já linkei (:
voltarei aqui sempre!
beijos :*

Anônimo disse...

O importante mesmo é olhar para frente, né?
Beijinhos.

Anônimo disse...

Onde nosso contato literário se perdeu?!!!
Fiquei aqui pensando que não sei... Mas deu pra resgatar por lá link escondido atrás da porta. rs
Belos versos!
...
Estou a completar um ano de blog,,, e gostaria de reproduzir lá, quem por lá passou imprimindo idéias. Significa que gostaria de "furtar" um invento seu que mais me impressionou... Posso?!

Abraços e reflexivas invenções!