terça-feira, julho 25, 2006

Tarde de chuva




















Vi pobres gritando na chuva
O que eles diziam vento levava
Caiam lágrimas do céu cor abandono
Incrédulo escutava, não compreendia,
Quando lembro, relembro talvez avisassem,
A chuva é feito choro de castigo
Dia escuro é sinal de Deus triste
Eu pobre de mim não sabia.

Corria fugindo da mórbida paisagem
Não me furtava mirar seus rostos
Tangidos pelo frio e desespero
Mistura de sal e água impunemente descia
Boca vazia bebia o amargo do dia
Era algo hediondo que ao mesmo tempo
Os alegravam e me entristecia.

Historia que historia de herói não conta
Enigmas de ontem e de sempre
Acostumando nossos corações
A aceitar muro e pedra, moedas e faróis,
Contraindo toda vida ao menor dos insetos
Enquanto a avenida desabriga triste poesia,
Preta e branca fotografia, e agonia, e agonia.

Há tempos evito meus olhos das lentes
Porque a verdade é ver, o sentido é sentir,
Tudo mais é extinto, é abolido, é vago.
A maquina do mundo segue seu rumo,
Gira mundo sua ode cheia de melancolia
Enquanto apenas um desejo me consome
A fantasia de ver curada tanta dor sem nome.

Foto por José Silva Pinto

8 comentários:

Anônimo disse...

lindo isso...lindo!!!

Nelson Magela disse...

Muito bom. Que foto!

Janaina disse...

Uau!
Sem palavras.

Anônimo disse...

Que precioso!!!!Bju Alexandre

Anônimo disse...

amei amei amei amigo
lindo!!!

Nelson Magela disse...

Vamos atualizar!!!

Anônimo disse...

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