segunda-feira, setembro 24, 2007

“Amar se aprende amando”


Pousa nesses ramos a queda do amor
Que por puro descuido não regaste
Segue à dor a morte em lentos movimentos
Fenecendo sob o céu aos olhos de Deus.

Perdoarias tu se confessasses
Pois assim não seria mentir
Não perdôo então emudeço
Secando os galhos em desamor.

Caíram minhas pernas
Perdeu-se a vontade de andar
Segue o natural das coisas e das gentes
Não esperava que tu fosses como eles.

Esperava que fosse como eu imaginava
Mas todo sentimento escapa à letra escrita
E sem ter nem um nem outro
Emolduro a luz que por dias me iluminou.

Sendo sou planta fraca em tom amarelo
Recebendo água vã do pranto meu.

Obs: A foto de Lú Peçanha que ilustrava este post foi retirada a pedido de sua assessoria jurídica. Para maiores detalhes e esclarecimentos favor ler "comentários" abaixo.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Morte de Carlos Slim


Em mim as lágrimas nunca são o bastante
Contra esse inferno ardente e mal tratante
São da minha dor os espaços sem medida
De uma falsa esperança fantasiada de vida.

Ao sorriso cobre lágrima e horror
Champanhe bebemos quando há festa
Vinho bebemos quando há dor
E em ambos os copos nada resta.

Eram meus os sonhos de um menino novo
Hoje são todos rostos vazios feito um morto
Reduziram-me a poder e dinheiro dentro do bolso
Tornei-me um velho que da vida não sente mais gosto.

Foto por Ricardo da Costa